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O tempo geológico é um tempo longo. A Terra tem uma idade aproximada de 4600 Ma. Ao longo do tempo a superfície da Terra mudou, tanto em termos geológicos como biológicos. As rochas guardam os acontecimentos da história da Terra nos estratos sedimentares dos fósseis.

 

Fósseis são restos de organismos que se extinguiram ou vestígios da sua existência. Constituem fósseis, ossos, dentes, conchas e carapaças, pegadas ou ovos. O registo fóssil de animais e plantas ocorre numa ordem cronológica definida, pelo que um determinado período geológico pode ser reconhecido pelos seus fósseis característicos. 

 

 

IDADE RELATIVA

São as rochas sedimentares que estão na base da datação relativa. Avalia-se a idade das formações geológicas relacionando-se com outras formações tendo em conta vários princípios.

-As rochas têm a mesma idade dos fósseis que contém.

-Um fóssil de idade corresponde a seres que viveram um curto espaço de tempo geológico e que tiveram uma grande distribuição geográfica. Ex: trilobite

 

Para este método de datação, os fósseis de idade são muito importantes assim como há que ter em conta os seguintes princípios

- Princípio de sobreposição: a camada que está por baixo é sempre mais antiga que a que está por cima desde que não haja deformações geológicas (dobras e falhas que podem causar inversões de camadas).

- Princípio da identidade paleontológica: estratos que contenham o mesmo tipo de fósseis, tiveram a sua origem em ambientes semelhantes (fóssil de fácies - carateriza o ambiente de formação da rocha).

- Princípio da intercepção -  Todas as estruturas que intersetam formações (intrusões magmáticas, falhas) são mais recentes.

- Princípio da inclusão- Um fragmento que incorpora num outro é mais recente.

 

 

IDADE RADIOMÉTRICA

Hoje, devido ao avanço da Ciência e à descoberta da radioactividade é possível datar as rochas em unidades de medida, normalmente milhões de anos. Enquanto que na datação relativa dizemos que uma rocha é mais antiga ou mais recente que outra, neste tipo de datação atribuímos uma idade (ex: a rocha tem 260 Ma).

 

radioactividade corresponde à desintegração de um isótopo radiactivo ao longo do tempo com o intuito de ficarem mais estáveis, levando à libertação de partículas nucleares originando um outro isótopo.

 

Esta desintegração é independente das condições do ambiente e por esta razão podem servir para medir a idade.

 

Cada par de isótopo (isótopo-pai, o de origem e o isótopo-filho, o que se forma a partir do original), tem um tempo de desintegração característico e sabendo a quantidade relativa de cada um destes numa amostra de rocha, é possível determinar a idade das rochas a partir da quantidade relativa de cada um do par de isótopos.

 

O intervalo de tempo que leva à desintegração de um par de isótopos em que a quantidade de isótopo-pai é a mesma que o do isótopo-filho designa-se por período de semitransformação, semivida ou meia-vida.

 

Uns isótopos levam centenas ou milhares de anos a desintegrar-se, outros fazem-no quase instantaneamente. Dependendo do que se estuda (antigo ou recente), cabe ao geólogo determinar o isótopo radiactivo a estudar para determinar a idade absoluta.

 

A relação entre o isótopo-pai e isótopo-filho permite calcular a idade da formação da rocha, tendo em conta que no início da formação da rocha o número de isótopos-pai era de 100%. Conhecendo o período de semivida do isótopo em estudo, chega-se à idade da rocha.

 

Este tipo de datação implica trabalho de laboratório mais complexo que o de datação relativa. Os isótopos mais utilizados na datação radiométrica são o Potássio-40, o Urânio-238 o Carbono-14 (este último é utilizado para arqueologia, dado que o período de semivida é muito curto 5730 anos).

 

 

© 2014 por Madalena Fernandes. 

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