
Aprenda Contente
Unidade 2- Distribuição da matéria
2.1. Transporte nas plantas
Translocação - movimento de água e de substâncias inorgânicas e orgânicas nas plantas.
Plantas avasculares - não necessitam de estruturas especializadas para transportar substâncias, são plantas simples. As substâncias deslocam-se por processos de osmose entrada da água nas células, e os nutrientes por difusão simples. Todas as células estão em contacto com a luz e a proximidade entre as células permite a passagem dos nutrientes.
Plantas vasculares - (espécies mais evoluídas/complexas) possuem um sistema de transporte, ou seja, dois tecidos especializados, organizados em feixes em todos os órgãos da planta (raiz, caule e folhas) e que lhes permite a troca de substâncias entre o meio e a planta, e dentro desta, a comunicação entre células.
Estes dois tecidos são:
- o xilema (seiva bruta) - transporta água e sais minerais de baixo para cima – sentido ascendente – está organizado em feixes, apresenta uma constituição heterogénea e possui 4 tipos de células: traqueídos, elementos de vaso, fibras lenhosas e parênquima lenhoso. As 2 primeiras são os vasos lenhosos ou vasos xilémicos. Com exceção do parênquima lenhoso, são células mortas impregnadas por lenhina e reforçadas com celulose. Os vasos xilémicos são formados por células mortas colocadas topo a topo e em que nos traqueídos as paredes transversais estão presentes e as células contatam entre si através de poros. Nos elementos de vaso (de maior calibre), as paredes transversais desaparecem e forma cordões celulares da raiz até à folha cujas paredes laterais apresentam um espessamento de lenhina, conferindo rigidez. Fibras lenhosas – são células mortas e alongadas, bastante lignificadas e cuja função principal é suporte dos feixes xilémicos. Parênquima lenhoso – as células são as únicas vivas do tecido xilémico e exercem funções de reserva.
- o floema (seiva elaborada) - transporta os produtos da fotossíntese desde as folhas onde tiveram origem a todos os restantes órgãos da planta. Existem 4 tipos de células: elementos dos tubos crivosos, células companhia, fibras e células parênquimosas. Todas as células, à exceção das fibras, são constituídas por células vivas. Elementos de tubos crivados – as células são anucleadas e alongadas, as paredes transversais possuem vários poros (crivos), formando a placa crivosa, por onde passa a seiva elaborada de uma célula para a outra. Células companhia – estão ligadas às células dos tubos crivosos e fornecem energia a estas células. Fibras – são células mortas alongadas que conferem resistência e suporte à planta. Células parênquimosas – têm função de reserva.
Órgãos da planta:
- raiz: assegura a fixação ao solo e capta a matéria-prima (água e sais minerais). A eficiência da captação de água e sais minerais deve-se à existência de pelos radiculares que aumentam a área da raiz em contacto com o solo.
- caule: faz a comunicação entre a captação da matéria-prima e os órgãos de produção de matéria orgânica, as folhas. Assegura o correta transporte.
- folha: estrutura fotossintética, local onde há produção de matéria orgânica e onde se dá a troca gasosa. Na superfície externa está a epiderme onde se localizam os estomas que asseguram as trocas. Na estrutura interna, para além dos tecidos condutores (xilema e fluema), têm um tecido clorofilino constituído por células fotossintéticas, o mesófilo.
Estomas:
São estruturas por onde o dióxido de carbono entra na célula e que controlam a quantidade de água que cai/é
perdida na transpiração. São formadas por 2 células guarda, constituídas por uma parede que é mais espessa no local
em que revestem o ostíolo, que é um orifício. Quando as células estão turgidas (cheias de água nos seus vacúolos),
deformam-se, expandem-se, no sentido das paredes mais finas das células guarda, pressão de turgescência, fazendo
com que o ostíolo abra. Quando a pressão de turgescência diminui, os vacúolos diminuem de volume e fecha-se o ostíolo.
2.1.1. Transporte no xilema
O xilema é o tecido que realiza o transporte da água e dos sais minerais da raiz até às folhas, onde são utilizados. Para chegar ao xilema, a água tem de entrar através da superfície externa da raiz e atravessar várias camadas de células..A água desloca-se através de membranas celulares, sempre que existem diferenças na pressão osmótica, entre o meio extracelular e o intracelular (do meio hipotónico para o hipertónico). As células da raiz podem acumular iões que levam à entrada de água através de osmose. A absorção de água é facilitada pelo aumento da superfície externa da raiz, devido à existência de pelos radiculares.
Os sais minerais dissolvidos na água penetram na raiz mediante 2 processos:
- por difusão (a favor do gradiente de concentração).
- por transporte ativo (sempre que ocorre contra o gradiente de concentração).
Uma vez no interior do cilindro central, a água e os sais minerais circulam pelos espaços intercelulares até ao xilema, onde constituem a seiva bruta ou seiva xilémica - 99% água e iões dissolvidos (fosfatos, nitratos, sulfatos, potássio, sódio e cloro).
(Água entra na raiz por osmose. Os sais minerais penetram na raiz por difusão ou transporte ativo.)
Como se explica a subida da água no xilema?
-
Teoria/Hipótese da Pressão Radicular: Segundo esta teoria, a elevada concentração de iões na raiz provoca a entrada de água. A acumulação de água gera uma pressão na raiz (pressão radicular), obrigando a água a subir no xilema. O efeito da pressão radicular pode ser observado pela exsudação - saída de água de um corte de caule perto da raiz; gutação - gotas de água saem pelas folhas quando a pressão radicular é muito elevada. Esta teoria apresenta, no entanto, alguns problemas: não consegue explicar a subida de água numa árvore de grande porte - a pressão radicular não é suficientemente forte para elevar a água até ao ponto mais alto, sendo que a pressão radicular é nula em algumas coníferas; a maioria das plantas não apresenta gutação ou exsudação.
Imagem da gutação:
Manutenção de um gradiente de concentração de solutos entre o solo e a raiz provoca uma pressão osmótica que força a água a entrar na raiz. A pressão de água nestes tecidos provoca uma pressão que vai forçar a subir no xilema por capilaridade. A deslocação da água e sais minerais, da epiderme da raiz para o xilema faz por 2 vias:
- Via simplasto ou intracelular: movimento através dos citoplasmas das células, segundo um contínuo estabelecida ao longo dos plasmodesmos.
- Via apoplasto ou extracelular: movimentos através da matriz formada pelas paredes celulares e pelos espaços intercelulares. Esta via coloca menor resistência à deslocação das soluções. Verifica-se uma deslocação dos solutos do meio extracelular para o meio intracelular, passando pelo interior das células da endoderme, que controla os solutos que entram no xilema.
-
Teoria/Hipótese da Tensão-coesão-adesão:
Esta teoria explica a subida da seiva bruta desde a raiz até às folhas com base na relação entre a
absorção radicular e a transpiração estomática (nas folhas).
1) Há perda de água por transpiração, que ocorre nos estomas. Com esta perda gera-se
um défice de água e origina uma força de sucção, fraca força de tensão que se transmite
ao xilema e deste até às células da raiz, fazendo com que haja absorção de água por este
órgão.
2) As moléculas de água unem-se por pontes de hidrogénio, à custa da polaridade da
molécula e devida a forças decoesão e as moléculas mantêm-se unidas entre si, o que
vai facilitar a subida de água em coluna.
3) As moléculas de água formam ligações com as paredes dos vasos xilémicos por forças
adesão e facilitam a ascensão da coluna de água.
4) A água sobe e forma uma coluna contínua. Esta hipótese funciona apenas se houver
uma coluna de água contínua. Quando existem bolhas de ar na coluna, ou quando há
descida de temperatura, a água não sobe e a planta recorre à pressão radicular. Se a
pressão não for suficiente, a coluna de água deixa de funcionar.
2.1.2. Transporte no floema
As substâncias produzidas nos órgãos fotossintéticos (seiva elaborada) vão ser transportados a todas as células dos restantes órgãos da planta pelos vasos floémicos. A seiva elaborada é constituída por sacarosa, nucleótidos, hormonas, aminoácidos e iões orgânicos.
Experiência de Malpighi
Para compreender onde e como circulam os compostos orgânicos, Marcelo Malpighi fez a seguinte
experiência no século VXII:
- Seccinou uma planta em forma de anel, tendo o cuidado de extrair todos os tecidos à volta do xilema,
incluindo o floema. Retirou todas as folhas abaixo do corte.
- Passado alguns dias verificou que a planta na parte superior ao corte ainda estava viçosa e que no
corte, no bordo superior, havia um inchaço cicatrizado e no bordo inferior não existia.
Às folhas da planta na parte superior do corte era fornecida a água e sais minerais, substâncias
necessárias à produção de matéria orgânica, isto porque Malpighi não seccionou o xilema.
As plantas elaboravam a seiva elaborada que é enviada para o floema na parte superior do corte,
quando este ao descer encontra obstrução e acumula-se, provocando o inchaço - entumescimento
(aumento de volume no bordo superior).
A experiência permitiu concluir que o floema é o tecido onde circulam os compostos orgânicos, que
em conjunto com outras substâncias formam a seiva elaborada/floémica. Enquanto a parte da planta
inferior ao corte ainda tiver reservas de compostos orgânicos, a planta vive. Quando as reservas
acabam, as raízes deixam de absorver a água e os sais minerais e a planta morre.
Experiência de Zimmermann
Para conhecer a composição do floema, no século XX, Zimmermann anestesiou um pulgão que se alimentava e cortou-lhe o estilete (armadura bucal) de forma a que este ficasse preso na planta. Observou que o floema estava sempre a sair da planta, retirou uma amostra do fluido e estudou a sua composição. Verificou que as substâncias que o compunham eram: sacarose, nucleótidos, hormonas, aminoácidos e iões orgânicos. Com esta experiência, para além de se conhecer a sua composição, pode-se concluir que o floema está sob pressão.
Experiência de Munch
Munch utilizou 2 recipientes, um com uma solução concentrada em sacarose, mergulhado no frasco A, e outro recipiente com uma solução de sacarose mais diluída, mergulhado no frasco B. Ambos tinham membranas permeáveis à água e impermeáveis à sacarose. Os recipientes estavam ligados por tubo de vidro.
Verificou que havia passagem de água do frasco B (meio hipotónico) para o A (meio hipertónico), criando uma pressão que obrigou a solução a deslocar-se de A para B. A água do recipiente B desloca-se para o A e a sacarose passa para o frasco B. O fluxo para quando as concentrações se igualam nos recipientes A e B. Se se adicionar sacarose ao frasco A, nunca para.
Elevada concentração de sacarose -> Aumento da pressão osmótica -> Entrada de água -> Deslocação da solução aquosa de sacarose a favor do gradiente de concentração -> Saída de água, armazenamento de sacarose.
Teoria do Fluxo de Massa
A Teoria do Fluxo de Massa explica o transporte de matéria orgânica no floema,
dos locais de produção para os locais de consumo ou armazenamento.
1) A glicose, resultante da fotossíntese, é convertida em sacarose.
2) Sacarose desloca-se do mesófilo (na epiderme) para as células de companhia e depois
para as células do tubo crivoso. Este transporte, porque contraria os gradientes de
concentração, é transporte ativo - consome ATP.
3) À medida que a sacarose vai entrando nas células do tubo crivoso, estas elevam a sua
concentração, o que provoca um acréscimo da pressão osmótica. Como consequência, e
porque o floema se situa ao lado do xilema, ocorre um movimento de água do xilema para
o floema.
4) A entrada de água das células no tubo crivoso provoca um aumento da pressão de
turgescência, o que obriga o seu conteúdo a deslocar-se, atravessando as placas crivosas para
onde o gradiente de concentração é menor.
5) O processo continua até se atingir um órgão de consumo ou de armazenamento, onde a
sacarose é retirada por transporte ativo o que faz diminuir a pressão osmótica e a água
regressa às células vizinhas e ao xilema por osmose.
6) A passagem da sacarose a todas as células será feita posteriormente através de transporte
citoplasma a citoplasma. É depois degradada em glicose e utilizada para a respiração celular,
ou polimeriza-se e forma amido.

2.2. Transporte nos animais
Os seres vivos necessitam de realizar trocas de substâncias e de nutrientes, só assim sobrevivem. Os animais precisam de receber oxigénio e nutrientes do meio externo e libertar o dióxido de carbono e outros produtos resultantes da atividade do metabolismo do ser vivo.
Tal como nas plantas os sistemas de transporte relacionam-se com o grau de complexidade dos animais. No entanto, é comum a todos, desde os mais simples aos mais complexos, todas as células do animal estão rodeadas de um líquido (linfa) que lhes permite que a troca das substâncias, entre ou saia da células, sob a forma dissolvida.
Nos animais mais simples não existe um sistema de transporte especializado, dado que são apenas constituídos por duas camadas de células, estando assim, em contato direto com o meio ambiente e as trocas dão-se por difusão simples. Nos animais mais complexos, torna-se mais eficaz a existência de órgãos especializados no transporte de substâncias, formando um sistema de transporte.
Animais sem sistema de transporte
Ex: Hidra
É formada por duas camadas de células que estão em contacto direto com o meio. Possui no seu interior uma cavida gastrovascular (com função de digestão e distribuição). O oxigénio difunde-se na água e esta "banha" as células. Os nutrientes e o oxigénio difundem-se na cavidade gastroventricular para as células e os produtos de excreção são enviados diretamente para o meio.
Ex: Planária
Tem também cavidade gastrovascular, muito ramificada, permitindo que todas as células realizem as trocas necessárias.
Animais com sistema de transporte
Tipo de sistema de transporte
Existem dois tipos de sistemas, o aberto e o fechado. O sistema aberto é quando os fluidos circulatórios saem dos vasos sanguíneos e banham as células, o sistema fechado o sangue circula sempre dentro dos vasos.
Sistema aberto ou lacunar
É comum em muitos invertebrados.
Não há distinção entre o sangue e a linfa, pois o sangue abandona os vasos e passa para espaço que se denominam
LACUNAS, misturando-se com a linfa e daqui flui para as células. Os biólogos chama a este fluido circulatório HEMOLINFA.
A hemolinfa que circula nos vasos é bombeada por um coração tubular até chegar aos tecidos, aqui a hemolinfa abandona os vasos e vai para as lacunas (cavidades que no seu conjunto formam o HEMOCÉLIO). A hemolinfa contata diretamente com as células e fornece-lhes o que elas precisam e retira-lhes os produtos de excreção. A hemolinfa volta aos vasos e regressa ao coração pelos ostíolos (digamos que correspondem às nossas aurículas), estes fecham, o coração contrai e a hemolinfa é impulsionada, de novo, para os vasos.
Sistema fechado
Todos os vertebrados têm e alguns invertebrados (ex: choco, lula, polvo).
O líquido que circula nos vasos sanguíneos é o sangue e o que circunda os tecidos é a linfa. O sangue circula em vasos de diferentes calibres desde os maiores que são as artérias e veias, depois arteríolas e vénulas, até aos de menor calibre, os capilares que são constituídos por apenas uma camada de células e que envolvem, praticamente todas as células. As trocas realizam-se entre o capilar e a linfa intersticial (o sangue fornece o oxigénio e nutrientes e recebe os produtos excretados da atividade celular).
Este tipo de sistemas é muito mais eficaz que o aberto, pois a velocidade da troca entre substâncias é mais rápida no fechado que no aberto. Os animais com sistema aberto, têm por esta razão movimentos lentos e taxas metabólicas baixas (exceção para os insetos em qua os gases são transportados diretamente às células, permitindo que estes animais tenham taxas metabólicas elevadas).
TIPOS DE CIRCULAÇÃO (Vertebrados)
O sistema circulatório dos vertebrados, ou sistema cardio-respiratório, é um sistema fechado.
Quadro de resumo:
2.2.2. Fluídos circulantes
Sangue
O sangue é constituído por uma porção líquida que constitui o plasma e uma parte sólida, as células sanguíneas (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas sanguíneas).
Plasma (55% do sangue) -> É constituído por água (95%), nutrientes e gases (O2 e CO2). O plasma, para além de transportar estas substâncias, transporta as células sanguíneas.
Glóbulos brancos/leucócitos -> Função: Defesa do organismo, Forma: irregular, Duração: cerca de uma semana na corrente sanguínea. Origem: medula vermelha dos ossos, órgãos linfáticos (timo e baço) e gânglios linfáticos. Propriedades: Diapedese, fagocitose e produção de anticorpos.
Glóbulos vermelhos/hemácias/eritrócitos -> Função: Transporte de oxigénio e de dióxido de carbono. Forma: regular, discos bicôncavos. Duração: cerca de 120 dias na corrente sanguínea. Origem: medula vermelha dos ossos. Os glóbulos vermelhos contêm hemoglobina. proteína responsável pelo transporte eficiente do O2 e do CO2.
Plaquetas sanguíneas/trombócitos -> Função: Mecanismo da coagulação do sangue. Forma: irregular. Duração: cerca de uma semana na corrente sanguínea. Origem: medula vermelha dos ossos. Propriedades: Intervêm no mecanismo da coagulação do sangue.
Linfa
A linfa é o segundo fluido circulatório. Deriva do sangue, é constituído por glóbulos brancos, plaquetas, plasma, nutrientes, cloreto de sódio (sal) e gases (oxigénio e dióxido de carbono). Como não tem glóbulos vermelhos a linfa é incolor ou ligeiramente rosada.
Distribui os nutrientes e transporta os gases para o sangue e deste para as células.
Ao contrário do sangue, que anda sempre em vasos sanguíneos, a linfa circula quer em vasos linfáticos quer a circular nos espaços entre as células (interstícios). À linfa que circula em vasos linfáticos chama-se LINFA CIRCULANTE e a que circula nos interstícios das células, LINFA INTERSTICIAL.
Com a passagem dos nutrientes e oxigénio para a linfa, a pressão sanguínea diminui e o sangue torna-se hipertónico, fazendo com a linfa entre para os capilares. A renovação da linfa é fundamental pois permite que as células obtenham as substâncias que necessitam e que eliminem o que não necessitam.
Vasos sanguíneos
Os vasos sanguíneos são tubos pelo qual o sangue circula.
Há três tipos principais: as artérias, que levam sangue do coração ao corpo; as veias, que o reconduzem ao
coração; e os capilares, que ligam artérias e veias. Num circulo completo, o sangue passa pelo coração duas
vezes: primeiro rumo ao corpo grande circulação)depois rumo aos pulmões (pequena circulação).
As artérias transportam sangue arterial e sangue venoso do coração para o resto do corpo.
As veias levam o sangue arterial e venoso para o coração.
As artérias são mais espessas e elásticas do que as veias, pois as artérias têm de suportar a pressão do sangue
bombeado pelo coração. A velocidade do fluxo sanguíneo é máxima nestes vasos.
As veias na parte inferior do organismo possuem válvulas que impulsionam o sangue para o coração. Foi a forma
que a natureza arranjou na passagem de quadrúpedes a bípedes. São estruturas frágeis e com a idade, excesso
de peso, por exemplo, deixam de funcionar e originam as varizes. Para além das válvulas o sangue circula nas
veias auxiliado pela pela contração muscular que comprimem os veias que envolvem o músculo, pelas sístoles
do coração, pelos movimentos respiratórios e também porque as aurículas entram em diástole permitindo que
o sangue entre nestas.
Os capilares são vasos constituídos por apenas uma camada de células, são extremamente fininhos comunicam
com as veias através das vénulas e com as artérias através das arteríolas. Só para teres uma ideia da dimensão,
os glóbulos vermelhos passam um a um por estes vasos sanguíneos e os glóbulos brancos passam através das
paredes por diapedese. A velocidade do sangue é mínima nos capilares permitindo que os nutrientes e o
oxigénio saiam e os produtos excretados entrem.
Os dois fluídos circulam pelos movimentos do musculo cardíaco, pela existência de válvulas nas veias, nos
membros inferiores (Homem), pela contração muscular que comprimem os vasos sanguíneos, pelas sístoles do
coração, pelos movimentos respiratórios.


